Localização




A origem da aldeia e do nome

Segundo a lenda que passa de boca em boca pelos habitantes de Vale de Porco; e também confirmada pelos achados arqueológicos e outros vestígios que atestam a existência de um povoado no local da Freixeda onde presentemente se encontra a capela da N. Sra. Da Encarnação.

Esta capela construída em forma de barco com a proa do mesmo virada a nascente e apontando na direcção de Vale de Porco. Teria sido mandada construir por um marinheiro que se viu no mar perdido, não se sabendo ao certo se este marinheiro seria ou não de vale de Porco; o que parece certo é que na construção desta capela foram usados materiais e pedras dos escombros desta antiga povoação camada Freixeda.

Provavelmente uma outra pequena povoação que existiu no lugar do “Coucinho” na base do Cabeço de Gundia que seria contemporânea da Freixeda.

Os habitantes da Freixeda viviam essencialmente da pastorícia e de pequenas hortas que cultivavam junto á ribeira do mesmo nome. Esta seria ao que tudo indica mais uma das aldeias comunitárias que abundaram em todo o Trás-os-Montes;

Mesmo Vale de Porco mantém-se a viver em sistema comunitário até ao fim do século XIX, os gados e as hortas eram explorados em conjunto pelos aldeões e não existia propriedade privada. Os baldios eram a base de sustentação dos rebanhos e o local onde as lenhas eram cortadas para aquecer as lareiras nos longos e frios invernos de então; Prova disto é o facto de a Serra de Gajope e o prado se manterem como baldio até ao inicio do século XX. A confirmar estas afirmações temos o olival do Prado da Freixeda e o Souto do mesmo local que tudo indica que estas oliveiras e estes castanheiros foram plantados ainda no tempo em que a Freixeda era povoada.

Estas pessoas que habitavam a Freixeda a partir de certa altura começaram a sofrer de algumas moléstias e ataques de animais peçonhentos (entre estes animais peçonhentos tínhamos cobras, lagartos, salta rostos que seriam as chamadas osgas. Estes animais seriam responsáveis pelos “coxos” a que se associou depois as benzedeiras de coxos que chegaram até aos nossos dias. Este benzer consistia numa reza feita pela benzedeira com uma navalha de fazer a barba ao que associava por vezes uma codinha de pão queimado no fogo).

Esta moléstia de pequenos animais foram por assim dizer os responsáveis pelo abandono deste local pelos seus habitantes.

Sendo estes aldeões criadores de porcos deixaram que os suínos encontrassem outro local para formar nova povoação. Os porcos subiram em direcção a nordeste e vieram parar junto a um vale fértil abrigado e fresco e assim fundaram a povoação de Vale de Porco.

Supõe-se que esta aldeia teria tido inicio junto ao local a onde existiu a antiga fonte do meio do povo.

É este o nome que foi dado a esta Aldeia que achem bonito ou feio irá continuar no tempo

Festas e romarias: S. Miguel (29 de Setembro), S. Brás (3 de Fevereiro), Senhora da Encarnação (25 de Março) e Festa do "Chocalheiro" (de 25 de Dezembro a 1 de Janeiro).

Património: Igreja Matriz construída na segunda metade do século XVI, com torre sineira de dois andares, tendo a sua construção substituído uma outra que existiu no mesmo local durante a Idade Média; Capelas da Senhora da Encarnação e de Santa Cruz. Cruzeiro e praia fluvial. Artesanato: Rendas e bordados regionais.

Gastronomia: enchidos, cabrito, pratos de caça, casulas, sopas de xis.

Paisagem de Relevo na Freguesia: Vista paisagística do miradouro (marco geodésico) do alto da serra de Gajope. Vista paisagística do alto da serra do Penedo (Fligueiras ou serra de Vilar do Rei).

http://www.valedeporco.com/