Eis, apenas a titulo de curiosidade, algumas fotos que tiramos no encontro que fizemos aqui em casa.
Vejam que as "meninas" de Vale de Porco são cada vez mais simpáticas!
Um encontro desses não é todo o dia que o podemos fazer, pois todos nós vivemos tão atribulados neste mundo moderno que nos esquecemos dessas “coisinhas” tão simples e, ao mesmo tempo tão valiosas da convivência com a gente querida da nossa terra.
Na verdade Vale de Porco é tão pequena que acho que quase todas somos parentes e nos sentimos assim mesmo, uma família.
Todas nós viemos de lá no finalzinho da década de 50 e anos 60. Claro, trazidas pelos nossos pais pois algumas não tinham mais que 2 ou 3 anos de idade. Outras já tinham mais, mas todas éramos ainda meninas quando viemos para cá. Acho que foi uma geração que Portugal perdeu naqueles tempos de Salazar. Estava todo mundo “vindo pró Brasil". Aqui crescemos e formamos novas famílias. Hoje nossos filhos são, sem duvida, parte da juventude que orgulha este país.
Sempre tive vontade de reunir a gente da terra aqui em casa para alegrar meu pai já velhinho O tio Narciso, como todos o chamavam, gostava muito de reunir os amigos . Nos nossos primeiros tempos de Brasil a casa do meu pai parecia um centro de encontro, pois quase todos os fins de semana tínhamos visitas. Meu pai era muito alegre e querido, gostava de música e tocava guitarra e a minha mãe fazia umas comidinhas portuguesas, então tudo acabava em festa.
Mas recentemente, já viúvo e velhinho, ele foi piorando e a oportunidade foi se acabando. Há um ano e meio atrás ele se foi. Eu estava numa tristeza e com tantas saudades que conversando com a minha prima Cândida ao telefone, resolvemos marcar um encontro da turma mais ou menos da nossa idade.
Combinamos com certa antecedência para todas reservarem a data. Fomos conseguindo os contatos através de uma e outra que contactavamos e em pouco mais de um mês conseguimos encontrar todas. Somente 3 não vieram, mas na próxima tenho certeza de que não vai faltar ninguem.
Foi um encontro emocionante, movido a emoções puras, quase infantis. Algumas já nem reconhecíamos de tanto tempo sem nos vermos. Mas era só falar o nome que os abraços emocionados aconteciam e às vezes nos levavam às lágrimas. Como já não
tínhamos o som da guitarra do meu pai, selecionei algumas umas músicas portuguesas antigas desde Amália Rodrigues, Carlos do Carmo e outros. Até uns deliciosos viras o que inevitavelmente nos fez cair na dança E repare-se... todas afiadinhas.
Olhando a nossa foto dançando o vira percebe-se que não teve uma sequer que ficou sentada no sofá. Dançamos até cansar! Foi tanta alegria que à noite nem conseguia dormir de tão feliz que fiquei! Como é bom matar as saudades!!!
Nesta foto temos as "meninas" de Vale de Porco e mais algumas muito queridas que são esposas de "meninos" de Vale de Porco: Fabi e o Filhinho (filha e o netinho da Candida Parreira) a seguir: Atras em pé:Candida Parreira; Candida (filha do Amadeo); Diolinda; Aldina; Fabia(que é irmã da Felicidade e são mirandesas); Julieta;Lurdes Tomé;Natalia (esposa do Manuel Duarte)e Judite Ruivo. Na frente agachadas: Felicidade (encostada no meu ombro é esposa do Toninho ferreiro); eu Zulmira; Juventina; Judite da tia Luzinha;; e Adélia neta da tia Clarinda..
Um comentário:
Ahfff....... quanta emoção! Reunir a turma do Vale!
Foi um planejamento que durou vários anos. A vontade da Zulmira já vinha se manifestando há algum tempo até ser colocada em prática. Localizar cada uma, procurar o telefone, avisar, marcar a data, foi uma maratona, pois cada uma tem seus compromissos. Assim mesmo ainda faltaram 3
Foi num sábado à tarde, um “Branche”. Algumas quando apontaram à porta foi difícil identificá-las, pois morando na mesma cidade, raramente nos encontramos (às vezes em casamentos, enterros e nada mais), não existe convívio.
As conversas foram as mais variadas (sobre o passado, presente, ilusões, desilusões, trabalho, família etc.). O tempo passou, mas as raízes continuam na juventude. Dançamos, cantamos, sorrimos, abraçamos, beijamos e até choramos. Foi maravilhoso, pois com isso renovamos a amizade, o convívio, a comunicação tornou-se mais freqüente, agora somos mais uma família que se chama: A turma do Vale
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